O menos é mesmo Mais?

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Porque nossa alma devia ser um espelho de nós mesmos. Somente nós nos vemos tristes na totalidade da tristeza, ou solidão. Acompanhados precisamos de máscaras para se encaixar, mas sozinhos , vemos nossos olhos sombrios. As vezes com lágrimas, ás vezes parados. Pois a tendência natural é se isolar e se envergonhar da tristeza.

Dizem que somos culpados por permitir que nos machuquem. Se somos culpados por isso, então não devemos nos relacionar. E onde fica a teoria de que devemos ser seres interpessoais, ou seja, seres que se relacionam?

No final tudo acabar sendo relativo. É lamentável, mas  ou nos machucamos nos relacionando e aprendendo, ou nos isolamos e definhamos a alma que foi criada para relacionar-se . Culpa só temos de querer , de ansiar por ter uma felicidade prometida por mãos alheias.

Nos entregar ao amor , fazer nossa parte para que tudo ocorra bem é no minimo mais coerente para minimizar a solidão. Que sim , eu sei que é real. Mas não somos culpados de sermos machucados numa primeira instancia.

Somos culpados, quando não fazemos nada para mudar isso... Somos culpados quando estacionamos enquanto nos pisam e nos menosprezam. Temos culpa, apenas por não mudar as coisas, por não nos amar mais que outrem ,  ainda que seja na dor, temos que nos amar mais e esperar menos. Neste caso o menos é mais.

Esperar menos dos outros faz com o que ganhemos deles se tornem muito, esperar mais de nós, faz com que amadureçamos e melhoramos em proporções necessárias para um bom convívio. 
Esse espelho chamado olhos que transmite a alma, deveria ser visto somente por nós. É uma das poucas coisas, cujo o crivo analítico vem de nós mesmos. Afinal, ninguém pode ser melhor que nós mesmo para nos auto analisar. Somente nós podemos tomar a decisão do amor sem limite, o maior que existe. O que vem de nós, para nós e a partir de nós.

Suellen Maper